Jovens cientistas criam shampoo anticaspa à base de babosa e juá

O produto, além de ser de baixo custo e sustentável, oferece hidratação aos fios e sensação de refrescância no couro cabeludo.

Foto: Ascom/Secti

A caspa, doença causada por um fungo, é uma condição dermatológica que provoca descamação do couro cabeludo e pode gerar coceira e desconforto. Incomodadas com o problema enfrentado por pessoas da sua comunidade escolar, as estudantes Maria Clara Quaresma, Sofia Gisele Costa e Vitória Lima de Jesus, do Centro Territorial de Educação Profissional do Médio Rio das Contas, em Ipiaú, orientadas por Atanael de Jesus, desenvolveram um shampoo à base de babosa e juá, com propriedades antifúngicas que podem auxiliar no combate à caspa.

A estudante Vitória Lima revela que o projeto surgiu em sala de aula e foi pensado para ajudar uma das professoras. “Nosso principal objetivo foi produzir um shampoo anticaspa à base de ingredientes naturais, para combater a dermatite seborreica. A ideia surgiu após identificarmos que a nossa professora sofria com a caspa. O produto, além de ser de baixo custo e sustentável, oferece hidratação aos fios e sensação de refrescância no couro cabeludo. Realizamos 12 testagens até chegar ao resultado que desejávamos”.

O produto utiliza plantas do semiárido baiano com propriedades capazes de auxiliar no combate à doença. “Buscamos utilizar o juá por sua capacidade de promover uma limpeza suave nos fios, aliviando a coceira causada pela caspa. Com o uso contínuo, os cabelos ficam limpos, soltos, macios, fortes e saudáveis. Já a Aloe vera foi escolhida por suas notáveis propriedades antifúngicas e antibacterianas, eficazes no combate ao fungo Malassezia, um dos principais responsáveis pela caspa. O shampoo ainda contém outros produtos como linhaça”, explica Clara Quaresma.

O projeto conta com o apoio da Secretaria da Educação (SEC) e com a coorientação da professora Maysa da Silva. “A importância de criar produtos específicos para cabelos com caspa e danificados é inegável, uma vez que esses tipos de cabelos têm necessidades e características únicas. Nosso intuito é democratizar o acesso ao tratamento da dermatite seborreica com um produto de qualidade, sem a adição de componentes químicos nocivos à saúde e ao meio ambiente”, afirma Sofia Gisele.

Bahia Faz Ciência
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.