O professor de inglês Philipe Cerqueira, morador de Feira de Santana e também proprietário de uma confeitaria, foi injustamente associado a um crime que não cometeu. Ele teve sua imagem e nome divulgados de forma caluniosa em grupos de WhatsApp, vinculados a uma reportagem sobre a prisão de outro professor, ocorrida em maio deste ano, por crimes relacionados à pornografia infantil.
Segundo apurado, o autor da fake news compartilhou o link da matéria do portal Acorda Cidade, que não citava nomes nem fotos do acusado real, junto com informações pessoais e imagem de Philipe, gerando grande confusão e danos à sua reputação.
A delegada Daniele Matias, responsável pelo caso na época, esclareceu que o preso é um professor de nacionalidade chilena, sem qualquer relação com Philipe. Ela destacou que nem a polícia nem a imprensa divulgaram a identidade do verdadeiro suspeito, por se tratar de um caso sensível.
A família de Philipe, abalada com a situação, divulgou uma nota pública desmentindo as acusações e informando que o professor está afastado das atividades, em tratamento médico para depressão. “Essa alegação é absolutamente falsa. É um ataque cruel e infundado que atinge toda a nossa família”, afirmou o pai de Philipe, João Melo.
As autoridades reforçam que compartilhar informações falsas é crime e pode causar sérias consequências para pessoas inocentes. O caso segue sendo investigado para responsabilizar os autores da fake news.
Nota Pública – Em nome da verdade e da dignidade de minha família
Nos últimos dias, minha família tem sido alvo de uma infame e cruel campanha de desinformação, que precisa ser urgentemente esclarecida.
Circula desde ontem (03/06) a reedição de uma notícia originalmente publicada no dia 14/05, a qual trata da prisão de um criminoso por armazenamento e produção de material de abuso sexual infantil na cidade de Feira de Santana. No entanto, de maneira leviana, irresponsável e profundamente mal-intencionada, algumas pessoas passaram a propagar que o indivíduo mencionado seria meu filho, Philipe Cerqueira de Melo, professor de inglês nesta mesma cidade.
Essa alegação é absolutamente falsa. O verdadeiro autor do crime, segundo informado pelas autoridades competentes, é de nacionalidade chilena, e não possui qualquer relação com minha família. O nome de meu filho sequer é citado na reportagem original, e mesmo assim ele passou a ser injustamente associado a um crime hediondo, o que configura um ato de pura maldade e tentativa de destruição moral.
Para agravar ainda mais esse cenário, meu filho Philipe encontra-se afastado de suas atividades e sob cuidados médicos em outra cidade, tratando um quadro grave de depressão profunda, com acompanhamento psiquiátrico contínuo, ao lado de sua mãe. Em momento algum teve sequer a chance de se defender dessa calúnia, o que torna essa situação ainda mais dolorosa e revoltante.
A dignidade de um ser humano, especialmente alguém que luta contra a própria saúde mental, jamais deveria ser usada como alvo de mentiras, ataques ou chacotas. O sofrimento que isso causa é imensurável e atinge não apenas Philipe, mas todos nós, seus familiares, amigos, colegas e alunos que o conhecem e sabem da sua integridade.
Diante desse cenário, manifesto aqui minha mais profunda indignação e repúdio àqueles que, por desinformação ou má-fé, contribuíram para a propagação dessa calúnia monstruosa. São atitudes como essas que destroem reputações, arruínam vidas e alimentam um ciclo perverso de ódio gratuito.
Por fim, agradeço às autoridades responsáveis pela apuração do caso e ao veículo de imprensa que nos oferece este espaço para esclarecer a verdade. É graças à presteza, responsabilidade e compromisso com a informação correta que hoje podemos dar um passo essencial para limpar o nome de meu filho e resgatar a serenidade de nossa família.
Atenciosamente,
João Melo